segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pós-Graduação Tecnologias e Novas Educações

Ética Hacker

Uma grande descoberta para todos no curso foi a distinção entre hacker e cracker, descobrimos que a maioria de nós tinha conceitos equivocados a respeito dos hackers,

O termo "hacker" é erradamente confundido com "cracker". "Crakers" são peritos em informática que fazem o mau uso de seus conhecimentos, utilizando-o tanto para danificar componentes eletrônicos, como para roubo de dados, sejam pessoais ou não. Já os hackers usam seu conhecimentos para ajudar a aprimorar componentes de segurança.


Os hackers desenvolvem software livre, são pessoas que trabalham com paixão, que colaboram com o compartilhamento das informações, que manipulam programas e sistemas operacionais. Acreditam que o compartilhamento de informações beneficia a sociedade. Por isso, compartilham seus conhecimentos através de programas de software livre. Os princípios da ética hacker são: Compartilhamento, Abertura, Descentralização.

Pós-Graduação Tecnologias e Novas Educações

Módulo I - A dimensão estruturante das tecnologias

- Aulas
A leitura do livro Cybercultura de Pierre Levy nos desafiou a tod@s na segunda aula do módulo, realizamos a leitura sem compreender bem os conceitos, ainda que desafiados a descobrir os significados de cada termo. A sensação que tive foi de que tod@s estávamos em desequilíbrio, porém estimulados a refletir sobre alguns conceitos ligados à Cybercultura: técnica, tecnologia, Cibercultura, Ciberespaço, Inteligência Coletiva, a relação do real com o virtual que por sua vez não se opõe ao real, a diferença entre o analógico e o digital, Interatividade, Interação, realidade virtual.
As discussões nos levaram a perceber a amplitude das atividades que podem ser realizadas através do uso do computador com acesso a internet e da convergência de mídias disponíveis no computador. A maioria das atividades é realizada, sem que realizemos maiores reflexões sobre a dimensão das tecnologias em grande parte das atividades humanas na atualidade.
À medida que Adrianne nos estimulava a pensar sobre os conceitos trazidos por Levy, fomos nos permitindo discutir, desconstruir, errar, arriscar, construir.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Resenha do livro Educação e tecnologias, o novo ritmo da informação

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias o novo ritmo da informação. 6ºed. Campinas, SP: Papirus, 2010.

A autora, em Educação e tecnologias o novo ritmo da informação discorre sobre o tema em seis capítulos, no primeiro O que são tecnologias e por que elas são essenciais traz conceitos de tecnologia como algo resultante do conhecimento derivado do uso do raciocínio humano, originando o “conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade”; e técnica como sendo “as maneiras, jeitos ou habilidades especiais de lidar com cada tipo de tecnologia, para executar ou fazer algo”. Aqui são apresentadas as diversas fases da evolução das tecnologias ao longo dos tempos e suas implicações em cada sociedade, enfatizando que, atualmente, seu uso se faz presente na maioria das atividades humanas inclusive na educação. No segundo capítulo Tecnologias também servem para informar trata dos aspectos que caracterizam as TIC, discute a concepção de tecnologia de inteligência, aborda a linguagem oral e a linguagem escrita como tecnologias utilizadas na comunicação e foca na nova lógica das tecnologias digitais, ampliada pelo uso da internet que vai modificar as relações nas diversas atividades humanas e interferir nas formas de “pensar, sentir e agir” e de reestruturação da sociedade.

A partir do terceiro capítulo Tecnologias também servem para fazer educação, a autora começa a apresentar conceitos específicos de educação, sua relação com as tecnologias, se configurando através de novas formas de ensinar e aprender. São abordadas situações de mau uso das tecnologias em educação, evidenciando as experiências que não surtiram efeito positivo, ou seja, não cumpriram com a finalidade da educação que é “oferecer as melhores condições para que ocorra a aprendizagem de todos os alunos”, ao contrário, foram utilizados os recursos tecnológicos de forma tradicional. No quarto capítulo A educação serve para fazer mais do que usuários e desenvolvedores de tecnologias, são apresentadas algumas possibilidades e potencialidades do uso das tecnologias em educação através de experiências como O tabuleiro digital, iniciado no ano de 2004 pela Universidade Federal da Bahia-UFBA e outras experiências exitosas ocorridas em instituições que trabalham projetos de ensino mediados pelas TIC.

O quinto capítulo Das salas de aula aos ambientes virtuais de aprendizagem são discutidas as influencias que as tecnologias exercem na maneira de ensinar e aprender, modificando a dinâmica da sala de aula quer seja, em espaços e tempos predefinidos quanto nos ambientes virtuais de aprendizagem que favoreceram a ampliação do acesso à educação devido à convergência das mídias, a possibilidade de criação de espaços e tempos não-lineares e a aprendizagem colaborativa. Essas novas possibilidades de construção do conhecimento em ambientes virtuais de aprendizagem exigem do professor habilidade para acompanhar ativamente as mudanças e avanços tecnológicos, e de aproveitar as oportunidades que surgem através das constantes modificações ocorridas na sociedade para transformar a educação de maneira significativa, respeitando as diferenças e valorizando as diversas culturas.

No sexto capítulo Caminhos futuros nas relações entre novas educações e tecnologias a autora faz projeções acerca do futuro das relações entre as tecnologias e as múltiplas educações cujas diferenças estarão pautadas nas condições de acesso e uso de tecnologias avançadas, na mudança que a relação das novas gerações com as tecnologias irá gerar na forma de ensinar e aprender nos diversos ambientes de ensino e aprendizagem

A linha de raciocínio seguida pela autora cumpre com seu objetivo inicial pois, inicia seu trabalho discutindo os conceitos necessários à compreensão da sua abordagem acerca da relação que se estabelece entre Educação e Tecnologias. São apresentadas situações que mostram o uso das TIC, que, ao longo do tempo, foram sendo incorporadas à cultura a ponto de passarem despercebidas, não mais sendo encaradas como tais.

Utilizando uma linguagem simples, acessível e de fácil compreensão a relação entre a educação e as tecnologias no atual ritmo da informação, analisa conceitos, aplicabilidade técnica e os diversos usos que têm sido feitos em experiências educacionais mediadas pelas TIC. É aborda também, a facilidade dos jovens ao lidar com as tecnologias e a promoção do protagonismo destes jovens através do uso que fazem das TIC. A autora, entretanto, comete um equívoco ao caracterizar os hackers como causadores de problemas, que invadem perigosamente “atacam, bloqueiam, deformam e roubam informações reservadas de pessoas, empresas e instituições, comparando-os a terroristas.

Ao iniciar sua análise das relações entre educações e tecnologias a autora ilustra de forma simples e objetiva a forma como as TIC alteram o modo de pensar e fazer educação, rompendo barreiras entre tempo e espaço, para proporcionar o desenvolvimento de ações pedagógicas pautadas na autonomia e no desenvolvimento das potencialidades do sujeito.

A obra é finalizada com questionamentos que servirão para o leitor refletir e debater sobre as temáticas discutidas em cada um dos capítulos, que compõem o livro e com um glossário formado por expressões utilizadas nos meios digitais. Esta dinâmica favorece o entendimento e alcance do objetivo inicial da obra, uma vez que os conceitos específicos são facilmente acessados.

Trata-se de uma obra que qualquer pessoa com o mínimo envolvimento com as TIC consegue compreender; o conhecimento adquirido a partir da leitura pode servir como ponto de partida para reflexões pessoais; para iniciar estudos mais aprofundados sobre as possibilidades de uso em situações de aprendizagem para professores e alunos e, para pensar a relação entre educações e uso das tecnologias de forma genérica.

Vani Moreira Kenski é graduada em Pedagogia e Geografia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, tem mestrado em Educação pela Universidade de Brasília – UNB e doutorado em, também na área de Educação pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

Meu nome é Silvânia Gomes dos Santos, sou graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia-UNEB, tenho Pós-Graduação em Metodologia do Ensino Pesquisa e Extensão em Educação também, pela UNEB, atuo como professora da Rede Municipal de Educação de Salvador.